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A desumanização da medicina no Brasil

O cenário desumano da saúde pública brasileira reflete no tratamento entre médicos e pacientes, em que a frieza é frequente entre os profissionais.

A desumanização da medicina no Brasil

Escrito por Prof. Raquel de Lima

Atualizado em 10 de Setembro de 2023

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema ‘‘A desumanização da medicina na contemporaneidade’’, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Não se esqueça: seu texto deve ter mais de 7 (sete) linhas e, no máximo, 30 linhas.

TEXTO 1:

Disponível em: http://www.ivancabral.com/2009/02/charge-do-dia-falta.html

TEXTO 2:

Desumanização:

Ação ou efeito de desumanizar; fazer com que fique desumano; perder a essência humana.

Disponível em: https://www.dicio.com.br/desumanizacao/

TEXTO 3:

De onde vem a frieza dos médicos?

Médicos, enfermeiros e outros profissionais ligados à área da saúde são incentivados a não demonstrar os sentimentos e, se possível, se distanciar emocionalmente dos pacientes. De outra forma, como  lidar com o sofrimento humano, mortes, doenças e traumas e sair ileso? A tática utilizada para minimizar essas emoções é manter certo afastamento e partir da premissa de que o médico deve se preocupar somente em tratar a doença do paciente.

A frieza dos médicos se transformou em algo tão inquestionável que os pacientes até se espantam quando o especialista fica mais de 5 minutos no consultório e conversa olhando em seu olhos, não para a tela do computador.

O médico e professor de emergências clínicas Marco Antônio de Carvalho Filho, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), notou que os alunos chegavam quase prontos para exercer a profissão, mas, na prática, não se sentiam à vontade ao atuar nos consultórios e lidar diretamente com o paciente. ”Faltava algo, então fomos entender o que era.”

A primeira iniciativa de trabalhar a frieza dos médicos foi alterar a grade horária de um dos cursos mais disputados do país (203 alunos por vaga, segundo o último vestibular). Além disso, os coordenadores passaram a convidar médicos renomados, que ”gostam de ser médicos e nasceram para isso” para dar palestras aos alunos do primeiro ano da faculdade e contar um pouco dos desafios da carreira. Os alunos também participam de palestras de pacientes, para estabelecer um contato inicial com eles.

Marco Antônio revela que sua equipe entrevistou durante 3 anos seguidos todos os estudantes que chegavam à universidade, a fim de saber os motivos que os levavam a escolher a carreira. ”Salvar vidas e conhecer a natureza do homem são as respostas campeãs”, explica. Mas o que acontece com a empatia, que simplesmente desaparece ao fim do curso?

”Todo calouro de medicina tem que estudar muito para conseguir entrar numa boa faculdade. Então, para isso, ele deixa de fazer outras atividades, se fecha. Logo, não tem uma vivência social muito rica. Além disso, dificilmente ele precisou trabalhar, já que os alunos normalmente são de classe econômica alta. Então, o aluno entra na faculdade totalmente protegido e de repente se depara com sofrimento de toda espécie: desigualdade social, falta de estrutura, de leitos, muita dor, gente que morre à toa. Eles até  chegam com vontade de mudar, mas o curso é extremamente massacrante”, destaca.

A empatia,  habilidade de importar-se com o outro,  dá lugar ao cinismo como forma de blindar-se emocionalmente. ”Tudo porque ele não consegue elaborar os sentimentos que vivencia durante o curso. Mas se blindar é uma armadilha, porque não conseguimos parar de sentir. Então o resultado é que o próprio médico fica frustrado e infeliz”, completa Marco Antônio.

Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/saude-publica/de-onde-vem-a-frieza-dos-medicos/ (adaptado).

TEXTO 4:

Violência obstétrica e desumanização do parto no Brasil

A violência obstétrica pode ser definida como o conjunto de ações perpetradas justamente pelos profissionais responsáveis por garantir o bem-estar da gestante e de seu filho

Os dados são assustadores. De acordo com a pesquisa “Nascer no Brasil”, realizada em 2012 e coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma em cada quatro mulheres já sofreu violência obstétrica.

Além da violência verbal e da humilhação em um dos momentos mais sensíveis e sublimes da vida, as mulheres tem sido submetidas a procedimentos médicos absolutamente agressivos e desumanos, desde o pré-natal até o parto. A utilização indiscriminada da conhecida – e proibida – manobra de Kristeller, o estabelecimento das cesarianas como regra, a proibição da participação do pai da criança durante qualquer procedimento, a proibição da entrega de prontuários às parturientes, negligenciar alimentação à mulher, realizar exames de toque de forma recorrente e rompimento da bolsa gestacional sem autorização são algumas amostras a que nossas mulheres vem sendo submetidas no Brasil.

Disponível em: https://www.metropoles.com/colunas-blogs/pensar-direito/violencia-obstetrica-e-desumanizacao-do-parto-no-brasil?amp (adaptado).

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