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Desafios no processo de alfabetização no Brasil

O direito à educação deveria ser garantido a todos os brasileiros, mas muitos não são alfabetizados e medidas precisam ser pensadas para resolver a questão.

Desafios no processo de  alfabetização no Brasil

Escrito por Prof. Raquel de Lima

Atualizado em 18 de Setembro de 2023

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema ‘‘Desafios no processo de alfabetização no Brasil’’, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Não se esqueça: seu texto deve ter mais de 7 (sete) linhas e, no máximo, 30 linhas.

TEXTO 1:

TEXTO 2:

No Brasil, 7% da população com 15 anos ou mais é considerada analfabeta, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2017, o que representa 11,5 milhões de pessoas. Além disso, 34% das crianças brasileiras chegam no final do 3º ano sem ler ou escrever adequadamente, de acordo com dados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA). A alfabetização é um pilar fundamental, ao longo da vida, para o desenvolvimento pleno das crianças. A alfabetização com qualidade é um direito de todas elas. Pessoas que têm um nível insuficiente de alfabetização ficam à margem da sociedade, possuem menos oportunidades, profissionais ou pessoais e não têm acesso aos seus direitos. O analfabetismo exclui uma parcela da população do acesso às informações mais básicas. Futura & Educação: Podemos dizer que as taxas de analfabetismo ainda são altas no país?

Inês Miskalo: São bastante altas sim, infelizmente. Dados do Índice de Alfabetismo Funcional de 2018 (INAF) mostram que tivemos redução no índice de analfabetismo no Brasil, mas estudos mostram que a redução acontece mais na faixa etária de pessoas idosas. Cerca de 13% dos que concluíram o ensino médio são analfabetos funcionais. No ensino superior, esse índice é de 4%. Temos uma falha muito grande no processo de alfabetização. Há muitos anos, temos várias propostas e programas para superar essa falha, mas ainda não chegamos lá. A gente precisa olhar para o jovem de 15 anos que é analfabeto funcional e deveria estar dentro de escola. Temos que ver o que aconteceu com ele e o porquê dele ter abandonado ou saído da escola. Muitas vezes, ele abandona a escola porque não consegue acompanhar os anos sequenciais, principalmente no 6º ano que muda o sistema de ensino. Mais de 50% dos alunos do 3º ano têm nível insuficiente em leitura e matemática, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As crianças não chegaram onde elas deveriam chegar. Isso gera um aumento de índice de distorção/idade serie, reprovação, abandono e também impacta na renda. Afinal, quanto maior o nível de escolaridade maior a renda da pessoa. Futura & Educação: Qual a diferença entre uma pessoa que é analfabeta funcional e uma que é analfabeta?

Inês Miskalo: O analfabeto funcional é aquela pessoa que consegue ler e juntar as palavras, mas não consegue ter um nível de compreensão e uso da língua de um modo mais aprofundado. A capacidade de comunicação é bastante reduzida. Ele tem fragilidade em relação à língua. “A alfabetização é muito importante para dar liberdade e autonomia para as pessoas.” É importante frisar que o analfabeto funcional domina o código – ou seja, junta letras e palavras – mas não tem o aprofundamento do uso dessa propriedade que ele adquiriu. Ele precisaria ler, escrever e usar mais isso para ser uma pessoa alfabetizada.

Disponível em: https://www.futura.org.br/alfabetizacao-por-ines-miskalo/ (adaptado).

TEXTO 3:

Disponível em: https://www.portalrg.com.br/noticia/pesquisa-comprovou-que-o-fracasso-na-alfabetizacao-e-culpa-da-escola-27945.html

TEXTO 4:

Segundo o Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf), o alfabetismo é a capacidade de compreender, utilizar e refletir sobre informações contidas em materiais escritos para ampliar conhecimentos e participar da sociedade. Isso nos mais diversos âmbitos, como em meio à família e à comunidade, ao consumo, à Educação formal e continuada, ao trabalho, à política e à religião.

O conceito abrange duas dimensões, o letramento, que é a habilidade de ler e escrever diferentes gêneros, com coerência e compreensão crítica. E o numeramento, ou seja, a capacidade de construir raciocínios e usar a Matemática para atender às demandas do cotidiano.

A pesquisa do Inaf, assim, faz um diagnóstico detalhado de como a população de 15 a 64 anos está em relação ao alfabetismo no país. Os números dividem as pessoas entre os níveis de analfabetismo funcional e o alfabetismo consolidado.

O indicador, elaborado pela ONG Ação Educativa e o Instituto Paulo Montenegro, permite concluir que, apesar de o país ter democratizado o acesso ao ensino em teoria, muito ainda precisa ser feito na prática. Os dados de 2018 mostraram que 73% dos brasileiros estão plenamente alfabetizados, enquanto 29% são considerados analfabetos funcionais. E esse recente panorama revelou um aumento de 2% do analfabetismo funcional em relação a 2015.

O crescimento do analfabetismo funcional está relacionado com a condição social e educativa das pessoas, que pode ter sofrido um agravamento nos últimos anos. “Podemos situar esse aumento tanto pela crise econômica, com o desemprego, a perda do poder de consumo, a dificuldade para o acesso à cultura e ao lazer, como pela realidade da vida escolar e o ensino pouco significativo, com práticas artificiais da língua escrita e a possível evasão escolar em consequência”, explica Silvia Colello, professora da Faculdade de Educação da USP.

De acordo com os números do Inaf, a escolaridade se mantém como principal fator para o alfabetismo. No entanto, não garante a todos o nível de alfabetismo esperado. Dentro do Ensino Superior, por exemplo, há 4% de analfabetos funcionais. No Ensino Médio, apenas 14% são proficientes no grupo de alfabetizados e nos anos finais do Ensino Fundamental esse número é de apenas 6%.

Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/15927/o-brasil-esta-mesmo-alfabetizado (adaptado)

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