Educação à distância e seus desafios no Brasil
O ensino remoto levanta grandes discussões, principalmente entre os brasileiros, visto que a educação regular presencial já se mostra precária. Quais desafios devem ser enfrentados para lidar com essa nova forma de ensino no Brasil?
Escrito por Prof. Raquel de Lima
Atualizado em 26 de Fevereiro de 2024A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Educação à distância e seus desafios no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Não se esqueça: seu texto deve ter mais de 7 (sete) linhas e, no máximo, 30 linhas.
TEXTO 1:
A Educação a Distância – EaD tem ganhado espaço no cenário educacional do Brasil, apresentando-se como modalidade minimizadora de questões como deslocamento e ativismo, obrigando à presença do educando em um ambiente físico de aprendizagem com carga horária e frequência estabelecida, sendo fator determinante para aprovação. A flexibilidade é uma vantagem, mas pode transformar-se em desvantagem pelo exercício de autonomia por parte do educando, requerendo disciplina para abordagem, exploração e socialização dos questionamentos e conhecimentos adquiridos.
A EaD possui relevância social, pois permite o acesso daqueles que têm dificuldades em ser inseridos na Educação Superior por residirem distante das universidades, por indisponibilidade de tempo ou até mesmo devido aos horários tradicionais de aula, o que demanda mais tempo do aluno em um curso presencial. A EaD oferece maior vantagem à democratização da educação, rompendo barreiras geográficas, sociais e culturais, provendo a formação sistêmica do conhecimento.
[…] A Educação a Distância foi conceituada no Brasil por meio do citado Decreto nº 5.622 (Brasil, 2005):
Art. 1º: Para os fins deste Decreto, caracteriza a Educação a Distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.
Amparada nessa conceituação, a Educação à Distância delineou um papel colaborativo contemporâneo fundamental para a Educação, proporcionando diversos avanços por possibilitar a superação dos limites de espaço e tempo inerentes às formas tradicionais da educação presencial, graças, sobretudo, à utilização de tecnologias de informação e comunicação (TICs) atualmente disponíveis, com destaque para a internet. Foi responsável também por instigar e massificar uma característica edificante na EaD, autoaprendizagem, conforme podemos depreender do que está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, pelo Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 (publicado no DOU de 11 de fevereiro de 1998), que assim define:
A Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados e veiculados pelos diversos meios de comunicação (MEC, 2003). Os meios de comunicação são os responsáveis pela alteração do conceito de presencialidade do educador (presença física), assim como sua responsabilidade do “ensinar” (LDB).
Disponível em: http://educacaopublica.cederj.edu.br/revista/artigos/educacao-a-distancia-desafio-e-perspectivas (adaptado)
TEXTO 2:
Ensino a distância tem um terço dos alunos da área de educação no Brasil
Enquanto o número de matriculados em cursos presenciais de formação de professores se manteve estável nos últimos 5 anos, as matrículas nos cursos a distância cresceram em ritmo acelerado. Um em cada três alunos de graduação na área de “educação” faz o curso remoto, de acordo com os dados do governo. Isso inclui formação de professores em áreas como artes, música ou biologia. Em pedagogia, especificamente, a taxa é maior: metade dos estudantes está matriculadas em cursos à distância.
As informações são do último censo do ensino superior disponível, de 2014. A procura por cursos de formação de docente a distância foi estimulada pela lei.
Há 20 anos, a LBD (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) tornou obrigatória a formação de ensino para professores da educação básica. Como muitos docentes já davam aula sem diploma universitário, o curso remoto acabou sendo uma boa opção – a maioria dos alunos de curso a distância no Brasil trabalha e estuda ao mesmo tempo, diz Censo da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância).
Na verdade, a educação a distância ganhou força no Brasil justamente por causa da necessidade de formação de professores, de acordo com Luís Cláudio Dallier Saldanha, diretor de serviços pedagógicos da Estácio."Com o tempo, os cursos a distância foram se expandindo para áreas além das licenciaturas", diz Saldanha.Para se ter uma ideia, o número de matrículas em cursos na área de educação a distância cresceu 26,71% nos últimos cinco anos avaliados pelo governo —de 2010 a 2014. Já os cursos presenciais de formação de docentes tiveram aumento de 0,12% nas matrículas no período
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2016/08/1797780-ensino-a-distancia-tem-um-terco-dos-alunos-da-area-de-educacao-no-brasil.shtml (adaptado)
TEXTO 3:
Disponível em: http://tutnaedudistancia.blogspot.com/2015/07/charges.html
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