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O ativismo nas redes sociais no século XXI

Na era da internet, ficou fácil se engajar em causas por redes sociais: é só assinar petições ou compartilhar um post e pronto! Mas será que essa nova forma de ativismo é positiva no cenário brasileiro?

O ativismo nas redes sociais no século XXI

Escrito por Prof. Raquel de Lima

Atualizado em 13 de Agosto de 2023

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O ativismo nas redes sociais no século XXI”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Não se esqueça: seu texto deve ter mais de 7 (sete) linhas e, no máximo, 30 linhas.

TEXTO 1:

Redes sociais moldam nova forma de ativismo brasileiro

Ficou fácil se engajar em uma causa desde que as redes sociais se entranharam em cada poro do nosso dia a dia. Confortavelmente sentado em casa, basta clicar em “compartilhar”, usar uma hashtag ou informar seu e-mail para assinar uma petição, e pronto! Quase automaticamente, você faz a sua parte. A postura é muito criticada até por militantes, digamos, mais ativos.

Mas transformações em nossa sociedade mostram que o chamado “ativismo de sofá” pode, sim, ser eficaz.

Um desses exemplos é a luta contra o assédio e as agressões às mulheres. Tudo começou no ano passado com a veiculação de duas hashtags nas redes sociais: #meuprimeiroassédio e #meuamigosecreto. Na primeira, o objetivo era denunciar um caso de abuso sofrido. Na outra, denunciavam-se exemplos de atitudes machistas.

A mobilização online tem determinado também a forma como fazemos política fora das urnas. De 2013 para cá, as redes têm sido particularmente usadas como ferramenta para articulações de diversas frentes de pensamento.

“Todos os casos mais recentes que foram amplificados na internet envolvem, em grande medida, uma parcela de ativismo de sofá. Por meio das redes, as pessoas criaram manifestações pró e antigoverno. Todas elas foram organizadas em redes sociais e grupos no WhatsApp”, aponta Patrícia Rossini, que estuda as discussões políticas na internet em um grupo de pesquisa em mídia e esfera pública da UFMG.

Nesses casos, a participação virtual foi seguida de uma mobilização real. Mas, algumas vezes, somente a visibilidade da propagação online da informação já é suficiente para provocar mudanças. “No Big Brother Brasil de 2013, havia um casal de lésbicas. No início, elas não eram consideradas como um casal pela rede Globo. A comunidade LGBT se organizou na veiculação de hashtags e, por fim, conseguiu que elas fossem tratadas da mesma forma que todos os outros casais héteros que já se formaram no programa”, lembra a pesquisadora.

As ações na rede são inúmeras, e não há uma “fórmula mágica” para o êxito. Mas a atenção ao público a quem ela se destina é fundamental.

“Uma campanha na internet necessita de várias coisas para ter sucesso. Mas destaco a operação consciente dos processos comunicacionais em vista de seus objetivos. A mudança exige que os operadores conheçam os meios de que dispõem, os temas sobre os quais estão tratando e o público para o qual estão se dirigindo. Sem isso, muitas vezes se produz muita informação inútil”, ensina o professor Francisco J. Paoliello Pimenta, do curso de comunicação social da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Resultados surpreendem manifestantes

Quem se engaja nas redes, algumas vezes, até se surpreende com o sucesso da ação. Esse foi o caso das ativistas que compartilharam as hashtags contra o assédio e as agressões às mulheres.

“Acho que ninguém esperava por tanta repercussão, apesar de ser um tema extremamente importante e compartilhado por tantas mulheres”, declarou Carolina Coêlho, 23, uma das atuantes da Meu Amigo Secreto.

“Na verdade, é algo muito sem controle, a gente não fazia ideia de que ia ficar grande assim”, complementou a estudante universitária Dandara Oliveira de Paula, 22, também alavancadora da campanha (ambas evitam o título de criadoras do movimento).

A página no Facebook, criada no fim de novembro do ano passado por Carolina, Dandara e também por Jessica Sol, Maria Leão, Samantha Su, Raíssa Dantas e Letícia Vieira Goulart, já tem mais de 10.300 curtidas. Mais impressionante ainda são os reflexos das campanhas no “mundo real”.

Disponível em: https://www.otempo.com.br/interessa/redes-sociais-moldam-nova-forma-de-ativismo-brasileiro-1.1223478 (adaptado).

TEXTO 2:

Disponível em: https://3.bp.blogspot.com/-aVGdyVeOyBc/UObTQc3X1tI/AAAAAAAACEk/7OsUhaHe8HA/s640/249958_367713803323737_1653968151_n.jpg

TEXTO 3:

Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/o-ativismo-de-facebook-funciona-a2gv7jl59b5zl930qlb1uzepp/

TEXTO 4:

Em sua conta oficial no Twitter, o grupo hacker Anonymous resolveu se pronunciar em relação aos protestos ocorridos em algumas cidades do mundo, devido a um policial branco ter assassinado um cidadão afro-americano de 46 anos, chamado George Floyd. A justiça dos EUA disse que Floyd não morreu por asfixia, como se supunha. Mas a forma como foi violentado pelo policial contribuiu para sua morte, já que o homem tinha problemas de saúde.
No domingo (31/5/2020), pela manhã, o Anonymous publicou um vídeo se dirigindo à polícia americana, ameaçando expor “muitos crimes” cometidos pela polícia em todo o mundo. O grupo disse estar cansado “da corrupção e da violência de uma organização que promete manter as pessoas seguras".

Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/seguranca/153695-anonymous-ameaca-vazar-crimes-policia-mundo.htm (adaptado).

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