Redação pronta sobre Violência Doméstica

É alarmante o número crescente de casos de violência doméstica no Brasil. Esse problema impacta diretamente a saúde mental, física e social de milhares de vítimas, em sua maioria mulheres, além de perpetuar ciclos de abuso e desigualdade.

Por isso, é fundamental discutir os impactos da violência doméstica no país. Veja uma redação sobre Os desafios no combate à violência doméstica no Brasil, compare com a sua redação e se inspire:

INTRODUÇÃO:

A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 prevê a todos o direito à igualdade e à dignidade. Contudo, na contemporaneidade brasileira, a efetivação desse direito é obstaculizada pela persistência da violência doméstica na sociedade. Esse cenário é fomentado, sobretudo, pela morosidade estatal em implementar políticas públicas eficazes e pela formação sociocultural que normaliza práticas de violência e desigualdade de gênero, perpetuando ciclos de opressão.

DESENVOLVIMENTO:

De início, é imprescindível ressaltar a desassistência do Poder Público como fator agravante da persistência da violência doméstica na sociedade brasileira. Sob essa ótica, segundo o filósofo Friedrich Hegel, o Estado é o pilar inicial de uma nação, ou seja, constitui o principal instrumento para atenuar as mazelas sociais. Contudo, o Governo se mantém ineficaz no cumprimento desse papel, especialmente devido à insuficiência de políticas públicas efetivas e investimentos direcionados ao combate à violência no ambiente doméstico. Isso se evidencia na ausência de estruturas adequadas, como casas de acolhimento e delegacias especializadas, e na limitada capacitação de profissionais para lidar com casos de violência doméstica, o que deixa inúmeras vítimas sem apoio e amparo necessários. Assim, enquanto a negligência estatal persistir, a violência doméstica continuará a ser um problema crônico no Brasil.

Ademais, a precária formação sociocultural ratifica a preocupante situação mencionada. Sob essa perspectiva, segundo Paulo Freire, "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda". Contudo, observa-se que as instituições educacionais frequentemente negligenciam o debate acerca da violência doméstica e da igualdade de gênero, priorizando um ensino conteudista que pouco aborda questões sociais e cidadãs. Paralelamente, a estrutura familiar desempenha um papel ineficaz na construção de valores de respeito e igualdade, perpetuando estereótipos patriarcais que normalizam práticas violentas contra mulheres no ambiente doméstico. Assim, a ausência de uma educação transformadora, tanto no âmbito escolar quanto no familiar, contribui para a continuidade desse problema na sociedade brasileira.

CONCLUSÃO:

Diante dos fatos supracitados, o Estado, agente regulador da comunidade, deve intensificar a implementação de políticas públicas eficazes, por meio de investimentos em casas de acolhimento e delegacias especializadas, além de campanhas educativas que conscientizem a população sobre os impactos da violência doméstica, com o objetivo de proteger as vítimas e prevenir novos casos. Simultaneamente, é essencial que a escola, em parceria com a família, promova ações pedagógicas como palestras e debates conduzidos por especialistas, aliadas a atividades que estimulem o respeito e a igualdade de gênero desde a infância, a fim de desconstruir estereótipos patriarcais. Dessa forma, será possível atenuar a persistência desse problema, garantindo os direitos à igualdade e à dignidade, conforme prevê a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Confira os comentários de acordo com as Competências do ENEM:

Competência 1: A redação apresenta estrutura sólida, com frases claras e bem construídas, evidenciando domínio da estrutura sintática. A linguagem é formal e apropriada ao contexto do ENEM, sem frases fragmentadas ou excessivamente longas que comprometam a clareza. A nota 200 reflete essa competência.

Competência 2: O tema da violência doméstica foi abordado de forma objetiva e dentro do foco proposto. Referências socioculturais relevantes, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, Friedrich Hegel e Paulo Freire, enriquecem os argumentos e estão bem integradas ao texto, fundamentando as ideias apresentadas. A nota 200 é justificável, considerando a compreensão do tema e o uso eficaz do repertório sociocultural.

Competência 3: A introdução expõe o tema de maneira eficiente, indicando como será desenvolvido ao longo do texto. Os argumentos são bem estruturados, com progressão clara de ideias no desenvolvimento. Contudo, a conclusão poderia ser mais robusta, retomando os principais argumentos para reforçar a relevância da intervenção proposta. A nota 180 sugere que há espaço para aprimorar a conclusão, tornando-a mais impactante.

Competência 4: As ideias apresentadas são coerentes e articuladas de forma consistente, sem contradições. O uso eficaz de conectivos contribui para a coesão entre frases e parágrafos, garantindo a fluidez do texto. A nota 200 reflete a competência em manter coerência e coesão ao longo da redação.

Competência 5: A proposta de intervenção é detalhada, apresentando ação, agente, modo de ação e finalidade de forma clara. Foram sugeridas medidas específicas, como investimentos em casas de acolhimento, campanhas educativas e ações pedagógicas nas escolas. A proposta atende aos critérios exigidos, justificando a nota 200.

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