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Sentimento de superioridade ocidental

Pratique para a prova da FUVEST com esse tema selecionado e prepare-se para o grande dia.

Sentimento de superioridade ocidental

Escrito por Prof. Raquel de Lima

Atualizado em 27 de Dezembro de 2022

Considerando os textos de apoio abaixo e também outras informações que julgar pertinente, escreva uma dissertação em prosa na qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema: sentimento de superioridade ocidental. Lembre-se que sua redação deve ser redigida com letra legível de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, com no mínimo 20 e no máximo 30 linhas. Dê um título ao seu texto.

TEXTO 1:

Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/27750897

TEXTO 2:

A economista Deirdre Mccloskey argumenta que o grau de riqueza e conforto das massas na Europa e na Ásia era comparável até cerca de 1500, e que a "superioridade" cultural do ocidente só ficou patente quando a mentalidade burguesa (sem conotação negativa) começou a ser amplamente aceita. Se é verdade que isso demonstra o poder das ideias – e eu acredito que sim – então tudo o que as culturas supostamente "inferiores" precisam fazer é aceitar as ideias (não exatamente a cultura, que é um conceito mais abrangente, mas as ideias) que trouxeram prosperidade ao ocidente. Se elas não precisam rejeitar sua própria cultura para atingir a prosperidade então o problema não é realmente cultural. E se o problema não é realmente cultural então a superioridade de uma sobre as outras terá que ser demonstrada de outra forma, não no quesito prosperidade e florescimento humano. Note que alguns países asiáticos já estão, sim, no caminho da prosperidade, e fizeram isso sem abandonar sua cultura.

Alguém pode dizer que a superioridade do ocidente está justamente no fato de ter sido berço dessas ideias pró-florescimento das capacidades humanas, mas, novamente, isso é levar em consideração apenas o momento histórico em que estamos vivendo. Sei que isso vai alarmar os anti-multiculturalistas (a propósito, não sou multiculturalista), mas a verdade é que se ainda não estamos no fim da História então não podemos dizer qual cultura é "superior" no sentido vulgar que as pessoas frequentemente empregam. O que sabemos, com certeza, na medida em que foram testadas, é quais ideias funcionam e quais ideias não funcionam; quais ideias nos colocam em direção à prosperidade, e quais ideias nos impedem de prosperar; quais ideias são humanistas (pró-homem) e quais ideias negam a humanidade de cada um de nós. Na verdade é só isso que interessa.

Disponível em: https://blogdokinco.wordpress.com/2014/02/09/superioridade-cultural/

TEXTO 3:

O mito da superioridade cultural, uma das causas do preconceito e racismo

No surgimento da antropologia, havia estudiosos chamados de evolucionistas, conhecidos como antropólogos de gabinete, formulavam conhecimentos/teorias sobre um determinado povo, baseado nos relatos dos viajantes, missionários e funcionários coloniais. Tratavam as diferenças culturais de forma hierarquizada, considerando algumas culturas superiores e outras inferiores, tudo isso, baseado simplesmente nas diferenças encontradas/constatadas. Por exemplo, a cultura indígena e africana eram consideradas inferiores, em detrimento à cultura européia, alegando que as mesmas se encontravam num estágio atrasado na linha da evolução.

A referida classificação não obedecia ao mínimo de critério científico, que já era exigida e posteriormente se tornará um elemento primordial para formulação de uma teoria antropológica no meio acadêmico. Esta concepção empregada por evolucionistas, acerca da cultura, por muito tempo permeia à antropologia antiga, algo que mudará com a antropologia moderna, na qual, os estudiosos procuraram resolver este grande equivoco que nasce junto a esse ramo de conhecimento. Como afirma Kroeber, “a maior realização da Antropologia na primeira metade do século XX foi a ampliação e a clarificação do conceito de cultura”.

Se entendermos que há cultura mais ou menos importante, superior ou inferior, consequentemente, teriam povos ou indivíduos capazes ou não de assimilar uma ou outra cultura, porém, isso não acontece na prática, pois qualquer indivíduo ao nascer terá capacidade de aprender costumes em qualquer cultura onde for inserido. De acordo com Geertz citado por Laraia (1986, p. 63), afirma que todos os homens são geneticamente aptos para receber um programa, e este programa é o que chamamos de cultura. Adiantou Geertz, “um dos mais significativos fatos sobre nós pode ser finalmente a constatação que todos nascemos com um equipamento para viver mil vidas, mas terminamos no fim tendo vivido uma só! Emoutras palavras, a criança está apta ao nascer a ser socializada em qualquer cultura existente. Esta amplitude de possibilidade, entretanto, será limitada pelo contexto real e específico onde de fato ela crescer.” (GEERTZ apud LARAIA, 1986, p.63).

No entanto, a superioridade cultural é um mito, pois, qualquer ser humano ao nascer é capaz de assimilar qualquer cultura de qualquer lugar e espaço, isto é, não há restrição cognitiva que dificulta um ser humano a aprender esta ou aquela cultura. Se todos os indivíduos têm a mesma capacidade de assimilação de qualquer cultura, onde está o respaldo que sustenta a superioridade ou inferioridade de uma determinada cultura? No entanto a superioridade ou inferioridade cultural, não se sustenta, pois os aspetos que são tomados como parâmetros de comparações, não passam de diferenças culturais, ou seja, maneiras diferentes do indivíduo conceber e apresentar-se no mundo.

Disponível em: https://gazetadocerrado.com.br/o-mito-da-superioridade-cultural-uma-das-causas-do-preconceito-e-racismo/ (adaptado).

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