Desafios para envelhecer com saúde e qualidade de vida no Brasil
Escreva agora uma redação sobre os desafios para envelhecer com saúde e qualidade de vida no Brasil

Escrito por Prof. Raquel de Lima
Atualizado em 5 de Junho de 2025Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para envelhecer com saúde e qualidade de vida no Brasil", apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Não se esqueça: seu texto deve ter mais de 7 (sete) linhas e, no máximo, 30 (trinta) linhas.
Texto 1:
Neste blog, já falamos sobre muitos temas relacionados ao cuidado. Se tudo der certo, vamos envelhecer. Isso significa que tivemos acesso a cuidados ao longo da vida. Quanto mais envelhecemos, mais eles vão se tornando uma presença constante nas nossas vidas. A este respeito, vários países estão empenhados em construir políticas voltadas para ele, inclusive o Brasil. A Organização Mundial de Saúde apresenta e define a Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030) com o propósito de promover o envelhecimento saudável e melhorar a vida das pessoas idosas, de suas famílias e comunidades. Para isso, serão necessárias mudanças fundamentais nas ações que tomamos e na forma como pensamos a idade, o envelhecimento e o cuidado. A Década do Envelhecimento Saudável 2021-2030 tem como visão um mundo no qual todas as pessoas possam ter vidas longas e saudáveis, seguindo as prioridades do Plano de Ação Internacional sobre Envelhecimento de Madri e as perspectivas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de não deixar ninguém para trás. A Década está baseada em quatro áreas de ação: Mudar a forma como pensamos, sentimos e agimos com relação à idade e ao envelhecimento – isto é, enfrentar o idadismo ou etarismo (preconceito contra a idade e o envelhecimento), construindo uma sociedade em que as pessoas idosas podem ter acesso à rede de cuidado sem nenhum tipo de discriminação. Garantir que comunidades promovam as capacidades das pessoas idosas – ou seja, ambientes amigáveis ao envelhecimento, investindo em segurança e infraestrutura. Entregar serviços de cuidados integrados e de atenção primária à saúde, centrados e adequados à pessoa idosa. Aqui, o cuidado acontece conforme as necessidades das pessoas idosas, mantendo sua autonomia, independência e boas condições de saúde. Propiciar o acesso a cuidados de longo prazo às pessoas idosas que necessitem. As quatro áreas são estritamente interligadas e propõem uma nova perspectiva para o cuidado. Para alcançar esses pilares, prevê-se adaptações e investimentos apropriados para a promoção do envelhecimento saudável, incluindo serviços de saúde e assistência social integrados. Além disso, ambientes que incluam a pessoa idosa, gerando benefícios como melhor saúde e nutrição, habilidades e conhecimentos, conexão social, segurança pessoal e financeira e dignidade pessoal. Também será muito importante criar e incluir as inovações digitais, científicas e tecnológicas desenvolvidas para promover o envelhecimento saudável. Da mesma forma, envolver vários grupos da sociedade civil, da comunidade e do setor privado na criação e entrega de políticas e programas, especialmente aqueles voltados para os grupos mais vulneráveis, excluídos e marginalizados, que precisam de um olhar diferenciado no que tange a oferta de cuidados. Sabendo que o cuidado é um direito de cidadania, garantido pelo Estatuto da Pessoa Idosa, é fundamental criarmos desde cedo uma cultura do cuidado. Devemos compartilhar informações, proporcionar trocas intergeracionais, combater o etarismo e proporcionar o cuidado para quem precisa e ao longo de toda a vida. Assim, podemos chegar à velhice de forma ativa e saudável, como propõe a Década do Envelhecimento Saudável.
Disponível em: https://redelongevidade.org.br/jornadaestar/vida-social/
Texto 2:
Qualidade de vida é o maior desafio da longevidade - 09 de abril de 2019
Especialistas destacam no programa Ciência Aberta que o Brasil não se preparou para o rápido aumento na proporção de idosos, que já representam 13% da população. André Julião | Agência FAPESP – Com 13% da população com mais de 60 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil continua sendo um país de jovens. No entanto, a tendência é que siga envelhecendo cada vez mais rápido. Na avaliação de pesquisadores e especialistas, o país não se preparou para o aumento na proporção de idosos, que era de 10,8% em 2010 e de apenas 4,1% em 1940. “Enquanto os países desenvolvidos enriqueceram primeiro, para depois envelhecer, nós estamos envelhecendo com pobreza. E não só com pobreza, mas com muita desigualdade”, disse Alexandre Kalache, médico epidemiologista e presidente do Centro Internacional de Longevidade – Seção Brasil. Ainda segundo Kalache, no caso da França, foram necessários 145 anos (1845 a 1990) para que a população de idosos dobrasse, passando de 10% para 20%. No Brasil, ocorrerá aumento semelhante em apenas 19 anos, entre 2010 e 2029. “É o tempo de uma geração. Precisaremos nos adaptar e desenvolver políticas públicas sem os recursos que a França teve ao longo do século 20”, disse Kalache, que dirigiu o programa global de envelhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS) entre 1995 e 2008. No Brasil, uma amostra do efeito da desigualdade social se dá na diferença de expectativa de vida de acordo com a renda. A este respeito, Kalache comentou: “a desigualdade mata”.
Texto 3:
É imprescindível reconhecer que o envelhecimento não é igual para todos, e as diferenças existentes se referem a fatores como condições de vida, acesso aos bens e serviços, cobertura da rede de proteção e as condições de atendimento social. Portanto, a longevidade, com qualidade de vida, apresenta-se como um fenômeno desafiador no Brasil. A importância de estudos sobre o envelhecimento com qualidade de vida na atualidade surge do fato de que a sociedade na qual vivemos não assegura os direitos da maioria dos idosos, apesar da existência de leis destinadas a esse fim como o Estatuto do Idoso e a Política Nacional do Idoso.
O segmento idoso da população brasileira é formado por uma parcela significativa de pessoas em situação de vulnerabilidade social que têm inúmeros problemas relacionados à falta de apoio familiar e social, além de vínculos afetivos fragilizados e muitas vezes inexistentes. Soma-se a essa realidade a carência de oportunidades, sejam elas providas pelas políticas públicas ou pela sociedade civil, de programas destinados a propiciar momentos de convivência comunitária. A concretização de iniciativas dessa natureza constitui-se como fator favorecedor para que pessoas idosas possam ter uma vida mais saudável ao superar estigmas e preconceitos que afetam as relações humanas. O aumento demográfico da população idosa gera desafios para a sociedade que precisa desenvolver meios para enfrentar as demandas específicas decorrentes dessa nova realidade etária. Nesse sentido, torna-se imprescindível ressaltar a importância de estudos e pesquisas para um melhor entendimento do processo de envelhecimento tendo em vista garantir um melhor envelhecer. O envelhecimento populacional é uma realidade mundial, e o aumento do número de pessoas idosas é certamente consequência do prolongamento da vida que se apresenta como fato inquestionável há mais de uma década. Esse fenômeno resultou em diversas mudanças sociais, estruturais e, principalmente, culturais, gerando demandas específicas do segmento idoso. Para atendê-las, são necessárias ações e projetos inovadores, a fim de aprimorar o atendimento dispensado a essas pessoas. Todavia, a sociedade civil e os órgãos públicos não se encontram devidamente preparados para atender essa faixa etária, levando-se em conta que a realidade do envelhecimento é muito complexa e ainda pouco conhecida. Dentre as questões que se colocam, é imprescindível reconhecer que o envelhecimento não é igual para todos, e as diferenças existentes se referem a fatores como condições de vida, acesso aos bens e serviços, cobertura da rede de proteção e as condições de atendimento social. Admitir a heterogeneidade como característica do processo de envelhecimento é relevar a importância das diferentes formas de ser que marcam diversos momentos da trajetória de vida das pessoas, incluindo a velhice. A contextualização da realidade da velhice apresenta também a sua concepção como uma fase de decadência, de inutilidade, de isolamento e de incapacidade para a aprendizagem. Trata-se de preconceitos que rotulam e dificultam o investimento em ações que podem beneficiar o segmento idoso e sua inclusão na sociedade atual. A velhice vista como doença, perda, exclusão, morte, contrapõe-se ao modelo saúde-beleza, força física e mental, vigor sexual, capacidade produtiva. O idoso que não se encaixa neste modelo é visto como “culpado”, como se apenas por sua vontade pudesse corresponder ao modelo proposto. Assim, o lugar do velho “comum” é o não lugar, tanto no aspecto econômico como na perspectiva social. A longevidade, com qualidade de vida, apresenta-se como um fenômeno desafiador nos dias de hoje. Esses desafios são amplos e diversos, exigindo uma atualização da compreensão sobre o processo de envelhecer.
Disponível em: https://portaldoenvelhecimento.com.br/os-desafiosdo-envelhecimento-com-qualidade-de-vida/
Texto 4:
Pirâmide Etária Brasileira

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