Os desafios da invisibilidade da literatura brasileira de autoria feminina

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios da invisibilidade da literatura brasileira de autoria feminina”, apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Não se esqueça: seu texto deve ter mais de 7 (sete) linhas e, no máximo, 30 (trinta) linhas.

Texto 1:

A literatura brasileira é majoritariamente de autoria masculina, principalmente a dos últimos séculos, invisibilizando a escrita feminina, que durante muito tempo foi esquecida, marginalizada, relegada a segundo plano ou considerada literatura inferior. Embora o tema "mulheres produzindo literatura" tenha sido negligenciado durante anos pelos estudos literários, são inegáveis as contribuições dos escritos femininos para a literatura tanto universal quanto brasileira.

Em meio a um cenário desolador, as primeiras mulheres que se encorajaram a escrever ficaram sem projeção, esquecidas, negligenciadas. Suas produções, em grande parte, eram apresentadas ao público sob alcunha masculina, pseudônimos utilizados para que suas obras não fossem estigmatizadas pelo simples fato de serem mulheres escrevendo num terreno majoritariamente masculino.

Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/19057 (adaptado).

Texto 2:

Para Antonia M. Silva, autora de Sobre Ventos Passados, a literatura feminina é importante para dar voz às mulheres. “No passado, era proibido a gente falar, inclusive de sentimentos. E, quando me foi dada essa oportunidade, vejo como grande triunfo”, disse a autora baiana.

Entre as dificuldades encontradas por essas mulheres, diz a autora do livro [i] de Injúria, Nathalia de Oliveira, está a falta de espaço. “Muitas vezes, a gente é menosprezada. A escrita das mulheres sempre foi vista como algo menor e temos trabalhado isso, sobretudo em sala de aula, para mostrar a potência e a importância dessas escritas, como cartas e diários, e como isso transforma realidades, espaços e o mundo, de certo modo”.

Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-08/invisibilidade-feminina-persiste-na-literatura-diz-escritora (adaptado).

Texto 3:

Disponível em: https://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/secretarias/secretaria-da-mulher/noticias/campanha-mais-mulheres-na-politica/image/image_view_fullscreen (adaptado).

Texto 4:

A Fuvest, responsável pelo vestibular para ingresso na USP, divulgou uma nova lista de leituras obrigatórias para o exame a partir de 2026. A listagem é composta somente de mulheres autoras de língua portuguesa para as edições de 2026 a 2028 do exame, contemplando as escritoras brasileiras e estrangeiras Clarice Lispector, Conceição Evaristo, Djaimilia Pereira de Almeida, Julia Lopes de Almeida, Lygia Fagundes Telles, Narcisa Amália, Nísia Floresta, Paulina Chiziane, Rachel de Queiroz e Sophia de Mello Breyner Andresen.

A renovação se justifica pela necessidade de se valorizar o papel das mulheres na literatura, não apenas como personagens, mas como autoras. “Muitas delas foram alvo de décadas de invisibilidade pelo fato de serem mulheres”, ressalta a presidente do Conselho Curador da Fuvest e vice-reitora da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda.

Disponível em: https://jornal.usp.br/universidade/livros-escritos-por-mulheres-vao-compor-lista-obrigatoria-para-prova-da-fuvest-em-2026/ (adaptado).