Modelo de Redação sobre Tecnologia

Nos últimos anos, a tecnologia tem transformado radicalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos comunicamos, trazendo benefícios inegáveis, mas também desafios significativos. Esse cenário é marcado tanto pelo avanço acelerado das inovações quanto pela falta de preparo para lidar com suas implicações sociais e éticas.

Portanto, é essencial refletir sobre o impacto da tecnologia em nossas vidas e como podemos utilizá-la de forma responsável. Eu preparei uma redação completa para te inspirar, bora conferir?

INTRODUÇÃO

A dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos da Constituição Federal, disposto no Artigo 1º. Esse princípio pode ser assegurado por meio do trabalho, que não apenas promove o desenvolvimento pessoal, mas também viabiliza a subsistência do indivíduo na sociedade. Contudo, apesar de sua relevância constitucional, observa-se que, no contexto brasileiro atual, a dignidade humana tem sido impactada pelas transformações no mercado de trabalho ocasionadas pelas novas tecnologias. Nesse prisma, deve-se analisar como a automação de processos e a exclusão digital representam desafios para a garantia desse direito fundamental.

DESENVOLVIMENTO

A princípio, cabe salientar que há uma influência histórica que explica os impactos das novas tecnologias no mercado de trabalho brasileiro. Durante a Revolução Industrial, a introdução de máquinas revolucionou os processos produtivos, substituindo o trabalho humano em diversas atividades e valorizando habilidades técnicas específicas. Esse movimento, originado no século XVIII, moldou a percepção de que a eficiência proporcionada pela tecnologia é superior à mão de obra humana. Partindo da compreensão de que o Brasil, como parte do Ocidente, herdou esse modelo econômico e cultural, é inevitável reconhecer que a automação de processos tem reduzido oportunidades de emprego em setores tradicionais, especialmente para trabalhadores de baixa qualificação. Dessa forma, enfrentar os desafios impostos por essa transformação estrutural exige uma reformulação das políticas de inclusão tecnológica e educacional para minimizar os efeitos da exclusão social no mercado de trabalho.

Outrossim, a exclusão digital é um fator que agrava as desigualdades no mercado de trabalho brasileiro. Pierre Bourdieu - sociólogo francês - propôs o conceito de "capital cultural," explicando que o acesso a recursos, como educação e tecnologia, determina as oportunidades de inserção e ascensão social dos indivíduos. Fazendo um paralelo com os estudos do sociólogo, entende-se que a exclusão digital reforça desigualdades históricas ao limitar o acesso de trabalhadores de baixa renda às ferramentas tecnológicas necessárias para competir em um mercado de trabalho cada vez mais digitalizado. Um exemplo pode ser observado na dificuldade de jovens das periferias em ingressar no setor de tecnologia devido à falta de acesso à internet de qualidade e cursos especializados. Ou seja, a exclusão digital perpetua barreiras estruturais que dificultam a inclusão social, uma realidade que precisa ser enfrentada para promover a equidade no mercado de trabalho brasileiro.

CONCLUSÃO

Infere-se, portanto, que mitigar os impactos das novas tecnologias no mercado de trabalho brasileiro é uma tarefa urgente para a sociedade. Logo, cabe ao Governo Federal - gestor das políticas públicas - investir na qualificação profissional, promovendo programas de educação tecnológica acessíveis, especialmente para trabalhadores de baixa renda, e expandir o acesso à internet em regiões periféricas, a fim de reduzir a exclusão digital. Além disso, é responsabilidade das empresas criar iniciativas de capacitação interna e inclusão digital, garantindo oportunidades iguais no mercado de trabalho. Talvez, assim, seja possível construir um ambiente laboral mais justo, que respeite a dignidade humana e integre as transformações tecnológicas de forma inclusiva.

Veja os comentários de acordo com as Competências do ENEM:

Competência 1:

A redação está bem construída em termos de estrutura sintática. As frases são claras e bem articuladas, sem fragmentações ou excessos de complexidade que possam comprometer a compreensão. A linguagem utilizada é formal e adequada para o contexto do ENEM, respeitando as normas gramaticais e de pontuação.

Competência 2:

A abordagem do tema proposto foi feita de forma clara e direta, sem fugir do foco central. Há referências socioculturais pertinentes, como a Revolução Industrial e o conceito de "capital cultural" de Pierre Bourdieu, que enriqueceram seus argumentos e demonstraram um bom repertório sociocultural.

Competência 3:

A introdução apresenta bem o tema e indica como ele será abordado ao longo do texto. O desenvolvimento é claro e estruturado, com progressão lógica das ideias. No entanto, a conclusão poderia ser mais robusta, retomando de forma mais enfática os principais argumentos discutidos e reforçando a importância da proposta de intervenção apresentada.

Competência 4:

As ideias apresentadas são coerentes e fazem sentido em conjunto. Não há contradições no texto. A coesão é bem trabalhada, com o uso adequado de conectivos que garantem a fluidez entre as frases e parágrafos.

Competência 5:

A proposta de intervenção está presente e bem detalhada. Há a identificação clara do agente (Governo Federal e empresas), da ação (investir na qualificação profissional e criar iniciativas de capacitação), do modo de ação (programas de educação tecnológica e expansão do acesso à internet), da finalidade (reduzir a exclusão digital e promover a equidade no mercado de trabalho), além do detalhamento.

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A correção que você acabou de ler foi feita no coRedação, uma plataforma que corrige redações de forma detalhada, instantânea e ilimitada.

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