Modelo de Redação sobre Redes Sociais
Se o tema da redação do ENEM fosse sobre redes sociais, quais repertórios e argumentos você usaria? Veja uma redação pronta sobre esse assunto para se inspirar.
Escrito por Prof. Raquel de Lima
Atualizado em 18 de Dezembro de 2024Nos últimos anos, o uso das redes sociais tem transformado profundamente as interações humanas, moldando comportamentos e influenciando a forma como nos conectamos e compartilhamos informações.
Esse cenário reflete tanto as vantagens quanto os desafios desse fenômeno, como a disseminação de fake news e a exposição excessiva da vida privada.
Por isso, é fundamental debater os impactos sociais e éticos dessas plataformas. Eu preparei uma redação completa para te inspirar, bora conferir?
INTRODUÇÃO
A filósofa contemporânea Hannah Arendt constata, por meio do conceito denominado “banalidade do mal”, a tendência existente nas sociedades de naturalizar problemáticas que impactam a coletividade. Nessa perspectiva, percebe-se que, na realidade brasileira atual, tal proposição teórica se manifesta claramente diante dos desafios impostos pelo impacto das redes sociais no comportamento dos jovens. Com efeito, hão de ser analisados os principais intensificadores dessa problemática: a superficialidade das interações digitais e a falta de regulamentação no uso dessas plataformas.
DESENVOLVIMENTO
Diante desse cenário, o uso intensivo das redes sociais pelos jovens potencializa mudanças comportamentais que podem ser prejudiciais à formação de suas identidades. Nesse viés, cabe citar que, durante o avanço tecnológico nas últimas décadas, as plataformas digitais ganharam protagonismo como ferramentas de interação e expressão. No entanto, apesar dos benefícios trazidos pela conectividade, as redes sociais também se tornam espaços de propagação de padrões de beleza inalcançáveis e de estímulo a comportamentos de comparação constante. Nessa linha de raciocínio, estudos do Instituto de Psiquiatria da USP revelam que o uso excessivo dessas plataformas está diretamente relacionado ao aumento de transtornos de ansiedade e depressão entre os jovens brasileiros. Isso se torna ainda mais preocupante em um país como o Brasil, no qual políticas públicas para o cuidado da saúde mental juvenil são insuficientes, agravando os impactos negativos desse fenômeno social.
Ademais, é imperioso mostrar a postura inerte do Estado brasileiro quanto aos impactos das redes sociais no comportamento dos jovens. Sob tal ótica, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman define como “Instituições Zumbi” aquelas entidades que mantêm suas estruturas vigentes, contudo não cumprem adequadamente seus papéis sociais. Nesse sentido, o aparato estatal nacional pode ser enquadrado na visão baumaniana, tendo em vista a ausência de regulamentações eficazes para mitigar os efeitos negativos das redes sociais sobre a saúde mental e comportamental dos jovens. Dessa forma, enquanto não forem implementadas políticas públicas voltadas para a educação digital e para a promoção do uso consciente dessas plataformas, os jovens brasileiros permanecerão expostos a riscos como a disseminação de conteúdos prejudiciais e o estímulo ao consumo desenfreado, sem o amparo estatal necessário para enfrentá-los.
CONCLUSÃO
Portanto, fazem-se urgentes medidas de enfrentamento aos impasses da temática supracitada. Assim, o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Saúde, deve implementar programas de educação digital nas escolas brasileiras. Tal iniciativa será efetivada por meio de campanhas educativas e oficinas interativas que ensinem o uso consciente das redes sociais e alertem para os seus possíveis impactos negativos. Além disso, é fundamental disponibilizar profissionais de psicologia escolar para identificar e auxiliar jovens que apresentem sinais de transtornos decorrentes do uso excessivo dessas plataformas. Isso poderá proporcionar um ambiente mais equilibrado para os jovens brasileiros, promovendo o bem-estar mental e comportamental diante das transformações digitais.
Veja os comentários de acordo com as Competências do ENEM:
"Competência 1:
A redação está bem estruturada, com frases bem construídas e adequadas para o contexto do ENEM. A linguagem é formal e apropriada, sem desvios de norma culta. No entanto, é importante manter a atenção para evitar frases muito longas, que podem comprometer a clareza do texto.
Competência 2:
O tema proposto é abordado de forma clara e direta, demonstrando compreensão do impacto das redes sociais no comportamento dos jovens brasileiros. O uso de referências externas, como a citação de Hannah Arendt e Zygmunt Bauman, enriquece o texto, mostrando um bom repertório sociocultural. Além disso, a inclusão de dados do Instituto de Psiquiatria da USP fortalece seus argumentos.
Competência 3:
A introdução apresenta bem o tema e indica como ele será abordado. O desenvolvimento é claro e estruturado, com progressão lógica das ideias. Não há lacunas em aberto na argumentação, isto é, ela é organizada de maneira lógica e coerente.
Competência 4:
As ideias apresentadas são coerentes e fazem sentido em conjunto, sem contradições. A coesão é bem trabalhada, com o uso adequado de conectivos que ligam as frases e parágrafos, garantindo fluidez ao texto.
Competência 5:
A proposta de intervenção está presente e é bem detalhada, com a indicação clara de agentes (Ministério da Educação e Ministério da Saúde), ações (implementação de programas de educação digital), modo de ação (campanhas educativas e oficinas interativas) e finalidade (promover o uso consciente das redes sociais e o bem-estar mental dos jovens). O detalhamento é satisfatório e a proposta é viável."
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